quarta-feira, 10 de agosto de 2011

HUB retoma tratamento de pacientes com apnéia do sono

Adriana Mesquita
Da Assessoria de Comunicação do HUB


O Ambulatório do Sono do Hospital Universitário retomou suas atividades. O serviço é referência no Distrito Federal e estava paralisado há quase dois anos. Pacientes que sofrem de apnéia enquanto dormem já podem agendar uma consulta no hospital. A doença causa paradas respiratórias a partir de 10 segundos de sono, e tem como conseqüências cansaçorotineiro, pressão alta, ataques cardíacos e derrames. Os sintomas mais frequentes são: ronco intenso, sono agitado ou fragmentado, sensação de sufocamento ou engasgos durante a noite.

Jardel Miranda Milhomens, 34 anos de idade, participou pela primeira vez da triagem do Laboratório do Sono no HUB na última quinta-feira (4). Há mais de dez anos, o webesigner suspeitou ter apnéia. “Eu ronco muito e tenho dificuldades para manter o sono”. Depois das frequentes reclamações da esposa e de descobrir que o problema pode ser tratado, resolveu procurar ajuda. “Fui informado que aqui oferece o tratamento e participei da triagem, que por sinal é excelente para nos orientar também sobre o que devemos fazer para dormir melhor”.

De acordo com o chefe do Serviço de Pneumologia e coordenador do Laboratório do Sono, Eduardo Gaio, a pessoa não dorme bem porque os rápidos episódios de apnéia ocorrem muitas vezes, ocasionando quedas de níveis de oxigênio no corpo. “A pessoa vai do sono profundo ao superficial várias vezes durante a noite, resultando em queda na qualidade do sono”, afirma.

Gaio lembra que a medicina utiliza-se de várias estratégias para diagnosticar e solucionar esse problema." O tratamento da apnéia do sono visa a restaurar a respiração regular durante a noite e aliviar sintomas como ronco alto e sonolência durante o dia. Alguns casos podem ser resolvidos somente com cirurgia".

A psicóloga Lisiane Bittencourt, responsável pela Terapia Cognitiva Comportamental, ressalta que muitas vezes a apnéia está associada ao sobrepeso e é predominante em pessoas com grandes circunferências de pescoço. Além da apnéia do sono, a insônia também é um distúrbio comum na população. “Quem sofre deste mal tem dificuldade em iniciar o sono por mais de 30 minutos, de mantê-lo e costuma despertar precocemente”, observa a psicóloga. Segundo ela, a sonolência excessiva pode ser conseqüência da insônia e acontece quando a pessoa não tem um sono reparador e fica “cochilando” várias vezes durante o dia.

Lisiane afirma que o ronco é a forma mais comum de o organismo se manifestar diante de uma dificuldade respiratória durante o sono. Ela alerta que dormir muito pode ser um sintoma de distúrbio. “Muitas vezes, alguém que dorme 10 horas seguidas não está tendo um sono de qualidade e isso pode ser um problema”.

Segundo a psicóloga, além das consequências físicas, os distúrbios do sono trazem transtornos sociais e psicológicos aos pacientes, reduzindo a capacidade de raciocínio, concentração e atenção e pode prejudicar a saúde mental e o convívio social destas pessoas.

A psicóloga faz recomendações para garantir uma boa noite de sono. “Evitar o consumo excessivo de álcool, fumo, refrigerantes derivados de cola, café e alimentos com alto teor de gordura durante a noite, trocar filmes ou programas de ação por outros que relaxem a mente, emagrecer caso esteja acima do peso e dormir somente o necessário são essenciais”, aconselha Lisiane.

Serviço
Os interessados em participar da triagem do Laboratório do Sono do HUB podem entrar em contato pelo (61) 3348-5280, pela manhã. Não há critérios pré-definidos para a participação, mas é preciso agendar por telefone. Os encontros acontecem sempre na primeira quinta-feira de cada mês, às 9h.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Servidores e usuários avaliarão qualidade dos serviços do HUB

Adriana Mesquita
Da Assessoria de Comunicação do HUB

Preocupados com a funcionamento da instituição, profissionais da Divisão de Recursos Humanos (DRH) do Hospital Universitário de Brasília iniciam hoje pesquisa para avaliar a satisfação de pacientes e familiares, bem como as relações e condições de trabalho dos servidores do hospital. Eles poderão apontar soluções aos problemas existentes na assistência à população. Organizadores esperam atingir 95% do público alvo.

A equipe usará questionário desenvolvido pelo Programa Nacional de Avaliação de Serviços de Saúde (PNASS), elaborado pelo Ministério da Saúde e por secretarias ligadas à pasta. O PNASS avalia os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), buscando a identificação de oportunidade, a possibilidade de melhoria e a implementação de padrões de conformidade dos serviços de saúde, bem como o incentivo à cultura avaliativa.

O programa é constituído por quatro critérios de avaliação que possibilitam a visão ampla da realidade do atendimento prestado: Roteiro de Padrões de Conformidade, Indicadores, Pesquisa de Satisfação dos Usuários; Pesquisa das Relações e Condições de Trabalho.

Pedro Roberto Cantelli, chefe do DRH do hospital, considera os formulários fundamentais no planejamento da gestão e do sistema de saúde. “Os dados são essenciais à tomada de decisões, pois nos proporcionam uma visão de fora e nós precisamos dessas informações para detectar as necessidades de cada setor”.

Cerca de cinco pessoas estão responsáveis pela coleta de dados. Já a Divisão de Custo e Planejamento (DCP) fará a consolidação dos resultados. Segundo Cantelli, a aplicação do questionário vai possibilitar a identificação dos problemas existentes a fim de serem solucionados. “Faremos uma pesquisa bem ampla para ver onde estão os gargalos e assim encontrar os caminhos possíveis para melhorar os nossos serviços”, explica.

Usuários
Os primeiros a serem entrevistados serão os usuários, inicialmente pacientes da internação e do ambulatório e seus familiares. No mês de agosto, a pesquisa será voltada para os profissionais do hospital. O processo verificará as condições de acesso da população, o grau de satisfação dos usuários e a relação de trabalho dos profissionais.

Para a psicóloga Fabíola Araújo Fortes, chefe do Centro de Desenvolvimento de Pessoal da DRH, este estudo vai mostrar como os participantes vêem o hospital. Ela ressalta a importância da colaboração de todos: “os pacientes e familiares precisam nos ajudar a melhorar nossos serviços, expondo sua opinião sobre o HUB. Já os servidores podem expressar o que sentem em relação ao trabalho desenvolvido aqui”.

O total de participantes ainda não foi definido pela DRH. No entanto, a equipe espera atingir o maior número de pessoas dentro de um prazo ainda a ser estipulado. “A idéia era atingir 100% do público alvo, mas sabemos que isso é praticamente impossível. Então estipulamos, por meio de cálculos, um total de 95% de entrevistados. A margem de erro é de 5%”, explica Fabíola.

Os interessados em responder à pesquisa podem procurar a DRH, ligar no ramal 5476 ou ainda solicitar a presença da equipe responsável pela aplicação do formulário nos setores.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Profissionais e alunos do HUB criam bula para facilitar uso correto de medicamentos

Adriana Mesquita
Da Assessoria de Comunicação do HUB

Uma equipe de profissionais e alunos do Hospital Universitário de Brasília elaborou bulas em linguagem de fácil compreensão e colocou à disposição dos usuários de remédios. Além de expor uma comunicação simples e clara, os autores desenvolveram inovações, como o uso de cores para estabelecer associação entre a gravidade da situação e as placas de sinalização de trânsito.

Disponíveis desde junho de 2011, as bulas de gravidez e lactação e de cardiologia descrevem, de um modo simples e objetivo, como e em quais situações se deve usar o remédio e informam sobre alterações que podem acontecer com o usuário. Além disso, trazem advertências e cuidados a respeito do modo correto de preparo, manuseio e aplicação desses medicamentos.

O modelo começou a ser elaborado em 2009, após a publicação da RDC 47/09 que regulamentou novas regras de elaboração das bulas para facilitar a compreensão dos usuários. As orientações são destinadas aos pacientes e profissionais de saúde do HUB.

Segundo Patrícia Medeiros, professora de Farmacologia da UnB e umas das coordenadoras da iniciativa, o material é semelhante às bulas comuns, com identificação do medicamento e informações ao paciente. No entanto, a novidade é o uso de cores."Lançamos mão de ilustrações, comparando o conteúdo da bula com as informações do semáforo de trânsito, sendo contraindicado a cor vermelha, precaução a cor amarela e a cor verde medicamento com menos restrições terapêuticas".

Disponível na internet, o novo material informativo traz ainda um tópico de como entender a bula, do que fazer quando o paciente esquece de tomar a medicação. Ao final de cada bula há um link que possibilita a impressão deste documento.

As bulas foram validadas com os pacientes da Clínica Médica do HUB, durante um ano, até que se atingisse uma linguagem acessível a todos os níveis culturais. “Notamos que as pessoas tinham certa dificuldade em compreender as bulas tradicionais; então tivemos a idéia de desenvolve-las com a participação dos pacientes para facilitar o entendimento de todos”, explica Patrícia Medeiros.

Ela lembra que existem dois tipos de bulas e que por isso pode haver o mesmo medicamento nas duas publicações. É o caso do losartana (remédio para o tratamento de pressão alta, insuficiência do coração e proteção dos rins de pacientes diabéticos que possuem perda de proteína na urina). “O objetivo não é promover a automedicação, e sim entendimento claro de cada subitem composto na bula essencialmente técnica”, observa a professora.

Alessandra Menezes, docente da Farmácia Clínica do HUB, que também participou da elaboração, destaca a importância da clareza das bulas para um tratamento bem-sucedido: “O paciente bem informado tende a utilizar os medicamentos corretamente, porque conhece suas necessidades e os riscos do não-tratamento. Além disso, ele próprio pode monitorar se o remédio está promovendo os efeitos desejados pelo médico, ou não”.

Além das professoras, o cardiologista Hervaldo Sampaio Carvalho, o ginecologista Antônio Rodrigues e o chefe do Centro de Ginecologia e Obstetrícia do HUB, Alberto Carlos Moreno Zaconeta, também são responsáveis pela concepção e produção do material.

As bulas são distribuídas aos pacientes pelos médicos do HUB, após receberem alta do hospital, e podem ser encontradas nos sites http://fs.unb.br/bula/ e http://fs.unb.br/bulasdecardiologia.

RDC 47/09

Publicada em setembro de 2009 pela Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a resolução estabelece novas regras para as bulas de medicamentos no Brasil. Dentre as determinações previstas está o uso de linguagem de fácil acessibilidade, clareza nas informações, aumento no tamanho da letra e conteúdos padronizados.

Durante o primeiro semestre de 2010, as primeiras bulas começaram a ser adequadas às novas determinações. Até fevereiro deste ano, duzentas e duas bulas de medicamentos comercializados no Brasil já haviam sido aprovadas e publicadas no Bulário Eletrônico.

A primeira resolução a tratar de mudanças tanto no tipo de linguagem quanto na formatação da bula foi a RDC n°. 140, de 29 de maio de 2003, que regulamentou e dividiu esta orientação em dois tipos: para paciente e profissional de saúde.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Eduardo Paes diz que CEG era "sujeito oculto"

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, disse que a Companhia Estadual de Gás (CEG) era tratada como sujeito oculto até agora em relação às explosões dos bueiros pelas ruas da cidade. As declarações do prefeito aconteceram depois que mais uma galeria pegou fogo na madrugada desta quarta-feira, na capital.

Para a prefeitura, muitos dos acidentes têm relação com vazamentos de gás nas redes subterrâneas de energia.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Corinthians sela acordo com Odebrecht para construção do Itaquerão

O Corinthians anunciou de forma oficial nesta terça-feira que fechou contrato com a construtora Odebrecht para a construção do estádio Itaquerão nos moldes exigidos pela Fifa para ser a sede da Copa do Mundo de 2014.

Segundo o site oficial do clube, a obra custará R$ 820 milhões e contará com linhas de crédito e financiamentos disponíveis para a Copa. Em comentário, Boris Casoy disse que tudo indica que o estádio estará pronto para o mundial; o comentarista critica a entrada de dinheiro público na obra.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Pacientes do HUB com obesidade querem ter acesso à medicação gratuita

Adriana Mesquita
Da Assessoria de Comunicação do HUB

O Hospital Universitário de Brasília promoveu na semana passada palestra com representantes da Defensoria Pública da União. A partir deste primeiro encontro, os pacientes portadores de obesidade grave atendidos no HUB criarão uma agenda de trabalhos junto à equipe de profissionais do hospital, cujo objetivo é garantir a todos os pacientes o acesso a medicação e atendimentos necessário.

Luciane Maria Rodrigues, 40 anos, é atendida no HUB desde os 7 anos. A artesã sofreu violência sexual e por isso desenvolveu a obesidade. Em 2009, quando pesava 198 quilos ela se submeteu à cirurgia de redução de estômago. A partir de então, devido ao custo, ela começou a ter problemas para conseguir a medicação essencial ao tratamento da obesidade grave.

Luciene procurou a DPU, onde oficiais de justiça obtiveram liminar para que o Ministério da Saúde (MS) fornecesse os medicamentos. ”Não foi fácil, mas um ano depois tive meus medicamentos garantidos”, diz. Agora, grávida de três meses, ela luta para que o mesmo direito seja concedido aos colegas.

- Preocupo-me com estas pessoas, pois muitas delas têm dificuldade até de se locomover. Eu quero que cada um aqui seja assistido como deveria e me empenho para que todos consigam os remédios, que custam caros e são necessários ao nosso tratamento.

De acordo com Ricardo Salviano, defensor público da União, a DPU presta assistência jurídica integral aos usuários destes serviços, promovendo o encontro do paciente com o Ministério da Saúde (MS) e setores ligados à pasta. “Nós assistimos os pacientes juridicamente. Por isso, não estamos aqui para resolver os problemas de vocês, mas para fazer a mediação com os órgãos responsáveis”, esclareceu Salviano.

Segundo ele, o MS tem que cumprir todo o protocolo para tratamento do portador de obesidade grave, não apenas realizar o procedimento cirúrgico. È o que está previsto na portaria 1.570, DE 28 de junho de 2007.

- O Sistema Único de Saúde (SUS) tem que disponibilizar gratuitamente os medicamentos para estes pacientes que realizam cirurgia bariátrica na rede pública, no entanto, cada caso tem que ser avaliado individualmente.

Diante da preocupação dos pacientes com a dificuldade em conseguir remédio após procedimentos cirúrgicos, Nilzélia Oliveira, assistente social da DPU, reconheceu a dificuldade de conseguir tratamento na rede pública e ressaltou a importância da conscientização por parte da população da precariedade desses serviços.

- Se uma pessoa é informada de que existe um serviço precário na esfera pública, isso pode ajudar no tratamento, no sentido de impulsioná-la a não desistir e correr atrás de seus direitos.

Programa
O HUB tem 1.102 inscritos no Programa de Obesidade Grave e Cirurgia Bariátrica. Destes, 525 já foram atendidos. Em um período de três meses, o paciente passa pela avaliação de uma equipe multidisciplinar, e, caso seja necessário, o usuário é encaminhado para a cirurgia.

Além do HUB, apenas o HRAN (Hospital Regional da Asa Norte) é credenciado para atender pacientes com obesidade grave na rede pública do Distrito Federal.

Os interessados que desejam atendimento da DPU precisam apresentar CFP, identidade, comprovantes de residência e de renda (carteira de trabalho ou contra cheque), além do relatório da equipe multidisciplinar, detalhando o estado de saúde. Quem já tem processo em andamento na Justiça deve apresentar este documento à DPU. O atendimento é feito na SCRN 704/705, Bloco "C", n° 40/45/48 Asa Norte - CEP: 70.730-630 -Brasília/DF

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Andrei Meirelles: "Maggi é dono de companhia de transportes"

Em comentário à rádio CBN, Andrei Meireles disse que com a saída de Alfredo Nascimento do Ministério dos Transportes, o Planalto gostaria de efetivar o atual secretário- executivo da pasta, Paulo Sérgio Passos, mas encontra resistência do PR, que prefere um deputado ou um senador do partido. Na avaliação do jornalista, a outra aposta da presidente Dilma Rousseff, o senador e empresário Blairo Maggi (PR-MT), é uma substituição problemática, uma vez que Maggi é dono de uma companhia de transporte marítimo que já se beneficia de programas do próprio Ministério.

Para ele, o fato do empresário ser simbolo da luta ruralista, o apadrinhamento político do diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot, além do envolvimento de ex-secretários em suposto esquema de corrupção em MT, são para o comentarista pontos que impedem Blairo Maggi de assumir o cargo.

Roseann Kennedy: memorando diz que baratas infestam ministério

Em comentário à rádio CBN, Roseann Kennedy destacou o memorando do Ministério das Cidades, redigido pelo assessor especial do ministro Mário Negromonte e encaminhado ao secretário executivo da pasta e ao setor de logística, com o assunto dedetização. No documento, o assessor pede providências urgentes para dar fim às baratas que infestam o gabinete. Para a comentarista, o texto é aparentemente irônico.


De acordo com a jornalista, por meio da assessoria de comunicação o Ministério informou que o memorando não reflete a realidade, mas que apenas foi utilizado exagero na linguagem, cuja intenção era acelerar o cronograma de dedetização, e que o funcionário responsável pelo texto recebeu advertência .

Doce Desafio ensina a driblar a diabete e conseguir qualidade de vida

Adriana Mesquita
Da Assessoria de Comunicação do HUB

Em 2010, Altimira de Oliveira, 73 anos, descobriu que estava com diabete, após ter uma consulta médica no Hospital Universitário de Brasília. No mesmo dia, a aposentada participou de uma palestra do programa Doce Desafio e decidiu conhecer o serviço.

Hoje, ela vai ao Centro Olímpico da UnB, onde o projeto é desenvolvido, três vezes por semana para praticar exercícios físicos e se informar sobre a doença. “Lá encontrei um grupo unido, de pessoas dedicadas que têm ajudado no meu tratamento”, garante a aposentada. Para Altimira, o programa é um incentivo para pessoas na mesma situação. “Se fosse em casa, teria preguiça de me exercitar”, diz.

Foto: Adriana Mesquita/ACSHUB

Dança de salão, caminhada, musculação, alongamento, futebol e vôlei. Estas são as várias modalidades de exercícios oferecidos pelo programa Doce Desafio. Além das atividades físicas, os participantes recebem ainda orientações de como manter a doença sobre controle e evitar complicações.

De acordo com um dos organizadores do programa e professor de Educação Física da UnB, Rafael França de Medeiros Dantas, desde 2001, quando este serviço ainda era um projeto de ação continua, mais de 2 mil pessoas já foram beneficiadas. Segundo ele, o objetivo é mostrar aos diabéticos, através de exercícios e informações, que é possível ter uma vida normal. “Quem tem a doença pode comer tudo, desde que em quantidades e horários adequados” afirma.

Antes das atividades, os participantes passam por um processo de testes, no qual são realizadas medições de pressão e glicemia para verificar a condição do diabético e indicar a atividade ideal de cada caso. “Observamos através dos exames laboratoriais e dos testes físicos que eles evoluíram e aprenderam a aceitar mais o convívio com a doença”, explica o professor.

Coordenado pela professora Jane Dullius e monitorado por alunos e profissionais de várias áreas de conhecimento, o programa atende pacientes diabéticos. Os monitores são voluntários capacitados para as atividades e palestras. Para José Américo, 70, que participa há seis meses do Doce Desafio, as atividades físicas e as orientações melhoraram seu quadro.“Os resultados obtidos nas últimas medições comprovam que minha pressão baixou de 18 para 13”, garante.

Além de ajudar a manter a glicemia dentro dos níveis desejados e contribuir para a manutenção do peso corporal, o programa tem ainda finalidade acadêmica: serve para que alunos de iniciação científica pesquisem e produzam artigos científicos sobre a doença.

O serviço

O programa Doce Desafio atende à população todas às segundas, quartas e sextas- feiras, de 8h30 às 10h30 e de 14h30 às 16h30, durante o período das aulas na UnB, no Centro Olímpico. Para os diabéticos que desejarem participar do programa é necessária a apresentação de exames médicos. As turmas são formadas por cerca de 25 pessoas.

De acordo com coordenadores, o serviço tem dificuldades em encontrar parcerias para dispor dos medicamentos necessários ao seu funcionamento.

Os Interessados em participar ou ajudar devem entrar em contato pelo telefone (61) 3107 2556 ramal 247, pelo e-mail diabetes@unb.br ou pessoalmente na sala do Doce Desafio. O funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Ex-funcionária pioneira do HUB é exemplo para colegas

Adriana Mesquita
Da Assessoria de Comunicação do HUB

A partir do mês de junho, o Portal do HUB abre um cantinho especial, a Homenagem aos Pioneiros, cujo objetivo é expor à comunidade interna e externa os pioneiros que contribuíram e ainda contribuem para a construção do Hospital Universitário de Brasília que temos hoje.

A enfermeira aposentada Maria de Lourdes Lima (foto), 61 anos de idade, pode tentar passar despercebida pelos corredores do Hospital Universitário de Brasília, mas pacientes e funcionários reconhecem de longe a mulher chegou ao HUB pouco mais de um mês após sua inauguração. Ela é uma das homenageadas da série HUB 40 anos.

Lurdinha, como é conhecida no hospital, nasceu em 1º de novembro de 1949, em João Pessoa, na Paraíba. Ainda na juventude, deixou a capital paraibana para passar férias em Brasília e acabou ficando para fazer a diferença na vida de muitas pessoas.

Chegou ao HUB em 3 de abril de 1972, após ser aprovada em concurso público. Em seguida, os pais e os 13 irmãos acompanharam a jovem. A enfermeira logo percebeu que a dedicação ia além da profissão. “Desde que trabalho aqui, ajudo no que posso. Meu horário era até às 18h, mas eu sempre passava mais tempo, só pelo prazer de ajudar o próximo, revela.”

Foram 19 anos de serviços prestados ao HUB até sua aposentadoria, quando Lurdinha passou a integrar a equipe da Associação de Voluntários do Hospital Universitário de Brasília (AVHUB). Desde então, trabalha de segunda a sexta-feira na recuperação dos pacientes e garante que a vocação é de família. “Nasci em berço de voluntários”.

Toda família faz trabalhos sociais, inclusive o marido Antônio Gonçalves de Mendonça, com quem é casada há quase três décadas e com quem tem dois filhos. Juntos, ajudaram na construção do bazar dos voluntários e de outras dependências do hospital. “Sinto-me bem com o que faço. Aqui é minha segunda casa”, diz ela.

O casal não se limita aos trabalhos voluntariamente prestados no HUB. construíram casas e distribuíram sopa por cerca de dez anos para catadores, no lixão da Estrutural. A humanização é marca registrada de Lurdinha, que faz um apelo: “Queria que as pessoas vissem meu exemplo e também ajudassem o ser humano”.

Associação dos Voluntários
Fundada em 12 de novembro de 1993 pelo ginecologista Benedito Fernandes Pinto, pioneiro do Hospital Universitário, a AVHUB leva apoio psicológico e social para os usuários do hospital da UnB.

Em quase 20 anos de dedicação ao voluntariado, diversos projetos foram implementados pela entidade. Entre os s

erviços, o grupo distribui lanches para os pacientes, fornece remédios para enfermaria e equipamentos como cadeiras de rodas, perucas, próteses para vítimas de câncer. “As pessoas nos fazem pedidos e dentro do possível atendemos”, diz Lurdinha.

Mais informações sobre AVHUB no site www.avhub.org.br ou no telefone (61) 3448.5378.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Infraero julga improcedentes recursos de empresas para obras do aeroporto de Confins

A comissão de licitações da Infraero julgou improcedentes os recursos apresentados por empresas que prederam a disputa para a reforma e ampliação do Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte(MG).

O processo segue ainda apara auditoria interna na estatal. Somente após parecer favorável, será confirmado o consórcio vencedor. As obras devem começar em outubro deste ano e concluídas em dezembro de 2013.

Hospital Universitário é tema de evento de estudantes

Movimento estudantil SOS HUB discute como melhorar o funcionamento do hospital

Adriana Mesquita
Da Assessoria de Comunicação do HUB

O Movimento estudantil SOS HUB realiza até o dia 1º de Julho a II Semana SOS HUB. Evento reúne professores, alunos, representantes do MEC e do Hospital das Clínicas de Porto Alegre e discutirá melhorias no funcionamento do Hospital Universitário de Brasília.

Além de atender os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), o HUB é um ambiente de formação para alunos dos cursos de medicina, enfermagem, nutrição, farmácia, psicologia, odontologia e serviço social. No total, são 645 estudantes de graduação e 189 de pós-graduação no programa de Residência.

O movimento “SOS HUB – salve-se quem puder” foi criado em 2008 pelos alunos das faculdades de Medicina e Ciências da Saúde da UnB com o objetivo de reivindicar melhorias para o hospital. A princípio, a iniciativa teve como foco as obras do pronto-socorro, fechado desde abril de 2008 por problemas na estrutura predial. Atualmente, o movimento visa a revitalização de todo o HUB.

As principais preocupações dos estudantes são: fechamento do pronto-socorro; falta de concurso público e de atenção à clinica odontológica; financiamento insuficiente; e gestão inadequada. Desde sua criação, o movimento realiza diversas reuniões, assembléias e protestos com o objetivo de cobrar soluções para esses problemas.

PROFISSIONALISMO – De acordo com Pedro Henrique Alves de Morais, um dos coordenadores do movimento, os temas principais são o projeto de lei sobre a criação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) e o modelo de gestão do Hospital das Clínicas de Porto Alegre (HCPA). “O HCPA tem uma proposta de gestão mais profissionalizada”, diz o estudante. Para ele, o HUB vinha sendo administrado de forma amadora. “A atual diretoria deu início a uma gestão com pessoas altamente qualificadas”.

O último dia de debate destina-se ao esclarecimento de dúvidas dos alunos e à exposição de soluções. “Um possível caminho é a criação de um plano de excelência em dez anos para o hospital, com metas e orçamento específicos, para que as próximas gestões tenham um norte”, explica Pedro.

A II Semana SOS HUB tem como lema "HUB, sua formação depende dele. Algumas vidas também". O evento acontece no auditório do Instituto de Química. Veja a programação.

29.06 (Quarta-feira)
Horário: Das 12h às 14h
Tema: Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH)
Palestrante: Representante do MEC

30.06 (Quinta-feira)
Horário: Das 12h às 14h
Tema: Hospital das Clínicas de Porto Alegre (HCPA)
Palestrante: Representante do HCPA

01.07 (Sexta-feira)
Horário: Das 12h às 14h
Tema: Debate sobre os rumos do HUB e sua evolução nos últimos anos;
Mesa de debates composta por ex-alunos e autoridades da UnB
22h: Happy hour

terça-feira, 28 de junho de 2011

Eumano Silva critica relação de Sérgio Cabral com empresários

Em comentário à rádio CBN, Eumano Silva, da Revista Época, criticou a relação do governador do Rio de janeiro, Sérgio Cabral, com os empresários. Para ele, a situação do governador neste segundo mandato é ruim, sobretudo para o estado do Rio. "É lamentável que um governador de estado, um dos estados mais importantes do país, tenha esse tipo de relação promíscua, imoral, indevida com empresários", afirmou.

De acordo com Eumano Silva, o acidente aéreo no litoral da Bahia, onde a namorada do filho do governador foi morta, serviu para revelar que o governador dá isenções fiscais para empresas que fazem doações para campanha de Cabral.

O jornalista lamentou a tragédia, mas, disse que não há explicações para os fatos. "A verdade é que todas as versões em torno do governador não estão convencendo e isso acontece já algum tempo". Para Eumano, o governador do Rio precisa rever comportamento dele.

Willy Rozenbaum conhece projeto Com-Vivência

25.05.11

Médico francês co-descobridor do vírus o HIV na década de 1980 visita o HUB

Adriana Mesquita
Da Assessoria de Comunicação do HUB

Um dos integrantes do grupo do professor Luc Montagnier que, em 1983 isolou o vírus HIV, Willy Rozenbaum está no Brasil e visitou nesta manhã o Com-Vivência, projeto do Hospital Universitário de Brasília que acolhe portadores do vírus HIV/Aids e seus familiares.

Rozenbaum debateu com a coordenadora do projeto, Eliane Seidl, e com representantes do Ministério da Saúde as pesquisas e as perspectivas relacionadas ao atendimento de pessoas que vivem com AIDS.

Atualmente, Rozenbaum preside o Conselho Francês da AIDS. O co-descobridor do vírus HIV aprovou o projeto desenvolvido no HUB. “O Com-Vivência é muito semelhante ao que é desenvolvido por instituições francesas”, afirmou.

Na visita ao Brasil, o pesquisador já participou do debate sobre pesquisas e perspectivas dos estudos na área de Aids, no Rio de Janeiro, onde realizou conferência pública. Um dos participantes desta discussão foi o pesquisador brasileiro Bernardo Galvão, reconhecido por seu trabalho pioneiro no isolamento do vírus HIV no Brasil, há 20 anos.

Em Brasília, Rozenbaum também conhecerá a experiência do trailer itinerante Quero Fazer, que realiza teste rápido de HIV para populações vulneráveis ao vírus. O pesquisador francês visitará ainda o Hospital-Dia, cujo serviço especializado está direcionado para pacientes de AIDS que não precisam de internação.

O Com-Vivência
Coordenado pela psicóloga Eliane Maria Fleury Seidl, o projeto Com-Vivência promove a prevenção e a assistência nas áreas de psicologia e serviço social, ações preventivas e educativas para pacientes em tratamento e familiares em acompanhamento ambulatorial.

Este atendimento também é feito com pacientes internados na enfermaria do Hospital da Universidade. O projeto realiza cerca de 250 consultas por mês, em crianças, adolescentes, adultos e idosos.

Hipotireoidismo, um mal que atinge todas as faixas etárias.

Especialista alerta sobre os riscos da doença que ataca principalmente o sexo feminino



Por: Adriana Mesquita


Ganho de peso, pele seca e áspera, depressão, intolerância ao frio, queda de cabelo, unhas fracas e cansaço podem ser sinais de hipotireoidismo. A doença mais comum da tireóide ocorre com maior frequencia em mulheres, especialmente com mais idade, e pode atingir vários membros de uma família.

Sônia Ferreira Vieira, 44, descobriu que tinha hipotireoidismo há dez anos. O diagnóstico foi inesperado porque não havia sintomas nem suspeitas da doença. “Foi durante uma campanha sobre a tireóide, que eu resolvi participar, ai me falaram que eu tinha a doença, mas eu não sentia nada, apenas notava que meu cabelo caia muito e minhas unhas estavam quebradiças” conta Sônia. Exames constataram que a dona de casa tinha três nódulos no pescoço provocados pelo mau funcionamento da glândula responsável pelo regulamento do metabolismo do organismo, a tireóide. Depois de encaminhada ao médico, Sônia Ferreira, que estava grávida, teve que esperar mais alguns meses até que a filha nascesse. Quatro meses após o nascimento da filha, ela passou pela primeira cirurgia para a retirada da glândula e dos nódulos. Em 2003 outro diagnostico acusou a presença de um câncer ainda em estágio inicial, foi quando a moradora de Samambaia teve que passar pela segunda cirurgia e dois anos depois pela última. Hoje, Sônia Ferreira toma remédio para o controle da doença. “ Só tomo um comprimido por dia. É ruim, mas já estou acostumada”, diz ela. A filha Camila Cristina, de 17 anos também tem a doença e assim com a mãe, precisa do medicamento.

A doença, causada quando os níveis de hormônios tireoidianos (T3 e T4) se tornam anormalmente baixos, pode se manifestar desde recém-nascidos até adultos. Em recém-nascidos, doenças e os medicamentos utilizados pela mãe podem interferir no funcionamento da glândula do filho, que, se não receber tratamento adequado até a quarta semana de vida, pode ocorrer retardo mental severo, surdez, e retardo no desenvolvimento de peso e altura. Nesse caso, o hipotireoidismo é diagnosticado através do teste do pezinho, e pode ser prevenido pelo tratamento precoce da mãe com a reposição de hormônio tireoidiano.

Já nos adultos, a causa mais comum da doença é um distúrbio chamado tireoidite de Hashimoto, ou simplesmente doença de Hashimoto, no qual o sistema imunológico ataca a glândula tireóide que compromete a capacidade de produção de hormônios tireoidianos. O diagnóstico é feito quando o paciente apresenta hormônio estimulante da tireóide (TSH) aumentado e hormônios tireoidiano T4 baixo no sangue. Outro exame que pode trazer alguma informação é a dosagem de anticorpos contra a tireóide, que geralmente estão aumentados quando a causa de hipotireodismo é a doença de Hashimoto.

De acordo com a presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional do DF (SBEM-DF), Monalisa Ferreira Azevedo, um estudo realizado em São Paulo estima que 19% da população brasileira tem hipotireoidismo, Segundo ela, o diagnóstico e o tratamento são simples, mas, na maioria dos casos, a doença é irreversível. “Geralmente, ela é para toda vida, mas o paciente só precisa tomar um comprimido ao dia”, explica a médica. Monalisa faz uma alerta “Se o hipotireoidismo não for tratado corretamente, ele pode trazer riscos como aumentos da pressão e de colesterol, o que predispõe também maiores chances de acidentes cardiovasculares”.

O hipotireoidismo pode ser causado também pelo uso de iodo radioativo ou a cirurgia em tratamentos médicos. Alguns casos podem ser prevenidos através de cirurgia adequada no momento em que a mesma é indicada para o tratamento de bócio.

O tratamento é feito com o uso diário de levotiroxina, que recompõe a dose de hormônio necessária para o corpo. A dose depende de cada situação e deve ser prescrita pelo médico. “Com esta recomposição, uma pessoa pode levar a vida normal”, lembra Luiz Augusto Casulari. Para o médico endocrinologista, os avanços da medicina proporcionam um teste rápido e confiável, o que permite um diagnóstico ainda na fase inicial da doença, mas os pacientes acabam dificultando o tratamento “o diagnóstico está mais fácil, o remédio só tem que ser tomado em jejum, e o que acontece é que muitas vezes, a pessoa até esquece de tomar”, observa ele.

De acordo com os médicos, o medicamento não tem contra-indicação nem efeito colateral. Em todos os casos, a recomendação é que o paciente seja acompanhado regularmente por um médico, com exames de TSH e ajuste da dose da medicação, se necessário.

HUB é referência em tratamentos de feridas graves

Adriana Mesquita e Tamires Castro
Da Assessoria de Comunicação do HUB

O Hospital Universitário de Brasília é referencia no Distrito Federal em tratamento de feridas. O trabalho faz parte do ambulatório de enfermagem em Estomaterapia que há 18 anos oferece avaliação contínua a pacientes com ferimentos graves de difícil cicatrização.

Os usuários acessam o serviço por recomendação de familiares ou ex-pacientes, indicação de médicos ou de outras unidades de saúde. O tratamento depende de cada caso. De acordo com a professora e estomaterapeuta Ana Lúcia da Silva, o tratamento segue um protocolo rígido. “O primeiro passo é estabelecer o protocolo do paciente, que chamamos de plano de cuidados e determina quais medicamentos serão utilizados”.

Segundo a professora, as drogas são eficientes, mas têm efeitos colaterais, apesar de mínimos. “As feridas tratadas são de origem crônica, como úlceras. O máximo que pode ocorrer de efeito colateral é uma alergia, mas é raro”.

Ana Lúcia explica que alguns casos são ferimentos provocados por procedimentos simples do dia-a dia como usar sapatos apertados. “Estes calçados podem levar a lesões bolhosas não sentidas quando o usuário tem alterações de sensibilidade tátil e de dor, por isso, o ferimento evolui e só é descoberto no exame físico ou quando infeccionam.

Foi o que aconteceu com a dona de casa Maria Paixão Gomes Marino, de 53 anos de idade, que teve infecção generalizada provocada pelo uso de sapatos. “Quando fizeram o exame disseram que a infecção estava forte”, diz. Ela está em tratamento há mês com antibióticos. “O tratamento está sendo muito positivo”.

O ambulatório atende em média oito pacientes por dia, com consultas de 40 minutos. Em 2011 foram 1,3 mil pacientes. “Nós também atendemos crianças, mas, acredito que por não saberem que oferecemos este serviço, a procura é baixa”, lamenta a doutora em enfermagem Ivone Kamada, que também integra o ambulatório de Feridas.

Ana Lúcia lembra que, apesar de ser referência no DF, o tratamento não faz milagres. “A cura depende da cicatrização e mais ainda dos pacientes que devem seguir todas as recomendações. Um procedimento mal feito pode ocasionar complicações como desgastes físicos e emocionais, além de aumento de custos dos medicamentos”.

“Temos pacientes que carregam feridas há 20 anos, que não fecham. “O tratamento, nestes casos, é importante porque melhora a qualidade de vida”, afirma.

Serviço
O Ambulatóro de Enfermagem em Estomaterapia funciona no corredor vermelho, sala 72 do centro de ambulatórios do HUB, de segunda a sexta-feira das 14h às 18h, exceto nas quartas-feiras.

Programa do HUB melhora qualidade de vida de crianças obesas

Adriana Mesquita
Da Assessoria de Comunicação do HUB

Tatiely dos Santos Souza começou a ganhar peso aos cincos anos de idade. Hoje, com 11 anos, pesa 79 quilos, com Índice de Massa Corporal (IMC) considerado acima do normal, caracterizando a obesidade mórbida. A menina, que afirma sofrer insultos do próprio irmão, é só mais uma nas tristes estatísticas da população infanto-juvenil que apresenta excesso de peso. Estudos mostram que uma em cada dez crianças em todo o mundo é obesa. No Brasil, esse percentual é de cerca de 7% da população.

Paciente do HUB, Tatiely participa de um dos grupos de conscientização sobre hábitos alimentares desde 2010. Eliane dos Santos, mãe da menor, a acompanha e já aponta melhoras. “Em termos de obesidade, ela tem altos e baixos, mas está mais calma”.

A auxiliar de serviços tem três filhos e só Tatiely apresenta obesidade. No entanto, tios da menina também são obesos. Eliane elogia o programa do HUB e garante que os hábitos alimentares têm melhorado em casa. “As palestras são ótimas. Agora eu estou trabalhando com uma alimentação mais saudável para a família toda”, diz ela.

Reeducação
O programa acontece há mais de 9 anos no HUB, gira em torno da reeducação alimentar e incluiu maior oferta de frutas e vegetais nas refeições para baixar os índices de obesidade infantil. As palestras são coordenadas pela pediatra Cátia Barbosa da Cruz e atendem crianças com obesidade mórbida ou severa. Os grupos são divididos por faixa etária e constituídos, em média, por até 10 crianças.

Devido à grande procura, o serviço passou por uma mudança há dois anos. “Agora, quem participa só tem direito a faltar duas vezes por ano. Do contrário, acontece o desligamento, já que no grupo eles têm alta em até dois anos”, ressalta a médica. Cátia reconhece que não é fácil para essas crianças emagrecerem: “As chances são poucas, porque quem sofre de obesidade mórbida geralmente tem dificuldade de perder peso”. A pediatra diz que o aumento da procura vem sendo registrado desde início do programa. “A procura é grande e não estamos mais conseguindo atender à demanda”.

A obesidade está relacionada a diversos problemas de saúde e compromete o bem estar, colocando a vida em risco. Os pacientes podem desenvolver diabetes, doenças cardíacas, trombose venosa, hipertensão arterial, depressão, além de problemas sociais e psicólogos. A doença não só piora a qualidade, como também reduz em 20% o tempo de vida do obeso. A obesidade mórbida ocorre quando o peso de uma pessoa ultrapassa o valor 40 no Índice de Massa Corporal.

“Pesamos mensalmente os pacientes. A partir daí, a gente vai avaliando. Tem os que perdem, os que ganham e aqueles que mantêm o peso”, diz Fernanda Sousa Cardoso Lopes, médica residente responsável pelas palestras do programa. Ela afirma que em 99% dos casos os pais são obesos. “Geralmente a família tem um adulto que é gordo, então tenho que tratar a criança e orientar os pais também para um melhor resultado. É uma troca de experiências: eles dão opinião, apontam dificuldades e soluções que podem servir de exemplos para outros pais”.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Pacientes com asma grave são os que mais procuram programa do HUB

Por Adriana Mesquita


Os pacientes com asma grave apresentam maior mortalidade. Somados aos casos moderados eles reapresentam cerca de 80% da procura atendimento no Programa de Asma do Hospital Universitário de Brasília.

A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas inferiores. No Brasil, estima-se a prevalência da doença em torno de 10% da população. De acordo com dados do DATASUS, em 2008, a asma foi a terceira causa de internação pelo SUS, com cerca de 300 mil hospitalizações.

O HUB atende desde casos mais leves até os mais graves. No entanto, a maior incidência é para os asmáticos considerados graves, com sintomas persistentes e diários como tosse, chiado e falta de ar. “Como o HUB é referência no tratamento de asmáticos, a gente atende mais pacientes graves”, explica a pediatra Carmen Lívia Faria Martins. Ela é uma das médicas responsáveis pelo atendimento de crianças e adolescentes portadores da doença. De acordo com a pediatra, o diagnóstico desses pacientes é baseado em dados clínicos e na identificação de que comprovem a obstrução através de exame de função pulmonar.

Lucas Raphael Setúbal, de 13 anos, faz tratamento no HUB desde 2004, quando chegou ao hospital em estágio crítico. O adolescente chegou a ter uma parada respiratória. “Ele estava tão mal que os medicamentos não surtiam mais efeito”, conta a mãe Maria do Socorro Setúbal. Os primeiros seis meses de tratamento de Lucas, que é acompanhado pela Dra. Carmen Lívia, foram marcados por dificuldades. “No início ele estava quase toda semana aqui”, lembra a mãe. Neste ano, a freqüência das crises do adolescente diminuiu.

O Programa de Asma do HUB atende de crianças a idosos. A doença, embora sem cura, pode ser controlada. De acordo com a pneumologista Fernanda Bonner, o paciente pode deixar de ser grave a partir do momento em que recebe o tratamento adequado , com início e manutenção adequados. “Apenas 5% persistem como pacientes graves, apesar do tratamento”.

Existem, basicamente, dois tipos de medicamentos que são usados para tratar a asma: o corticóide inalatório e os broncodilatadores. O primeiro é preventivo e o segundo é uma espécie de aliviador. “No caso dos pacientes mais críticos, às vezes é preciso outras drogas mais fortes”, ressalta Bonner.

Aposentado, Dr. Valente dedica seu tempo para garantir melhorias para o Hospital Universitário

Por Adriana Mesquita


Dr. Wilson Valente da Silva é médico voluntário no Hospital Universitário de Brasília e se esforça para melhorar o atendimento aos pacientes e oferecer material didático para profissionais e estudantes das áreas de saúde. Dr. Valente passa a maior parte do seu tempo realizando trabalhos HUB.

Em 19 de Maio de 1926 nascia o menino que, 85 anos depois, dedicaria parte de sua vida para fazer um dos mais belos atos de solidariedade do ser humano: o trabalho voluntário. Coincidência ou não, como o próprio nome sugestiona, a valentia e determinação do paulistano fizeram com que ele fosse aprovado no vestibular para o curso de medicina numa das mais conceituadas instituições de ensino superior do país, a Universidade de São Paulo (USP). Ali Dr. Valente começou a se destacar. Por gostar de crianças e não se interessar por cirurgias, se especializou em pediatra.

Dr. Valente fez residência no Hospital das Clínicas de São Paulo. Foi tão dedicado que, pouco tempo depois conquistou, por mérito, a chefia de um importante serviço da instituição. Suas vitórias não parariam por aí e o pediatra se tornou um dos donos do primeiro hospital infantil particular de São Paulo.

Casado há mais de 50 anos com a paulista Fanny Ribeiro da Silva, com quem tem quatro filhos, Dr. Valente se mudou com a família para Brasília em 1975, época em que começou a ministrar aula na Universidade de Brasília como professor de pediatria do curso de medicina.

Há 16 anos se aposentou e decidiu dar continuidade ao trabalho, desta vez, sem remuneração. Dr. Valente agora trabalha no laboratório do HUB. Os esforços do presente são para montar um “Arquivo de Lâminas de Hematologia” destinado a médicos, professores e alunos para que tenham material para estudo.

O trabalho para o arquivamento acontece há dois anos e é feito para facilitar o diagnóstico de doenças relacionadas ao sangue como leucemias e anemias, entre outras. “Eu vi a necessidade de lâminas para estudo e trabalhos no laboratório do hospital. Esse serviço pode ajudar muito nas consultas das crianças”, ressalta Dr. Valente.

Além de pesquisas, o médico também auxilia os colegas com sua experiência profissional. “Eu ainda dou orientações para meus colegas com tudo que aprendi”.

Bem vívido, o pediatra acredita que os anos destruíram o vínculo afetivo que havia entre médicos e pacientes. “Antigamente era comum assumir o doente. Hoje, ele (o paciente) não sabe mais nem o nome do médico que o atende. Não existe mais vínculo afetivo. Se existe, é pouco”. Dr. Valente faz outra constatação: “O nível do profissional de hoje é bem inferior ao do passado”.

Além das atividades desenvolvidas no HUB, o médico aposentado sonha em ajudar ainda mais. Ele e mais 16 médicos trabalham em um projeto que visa abrigar 50 idosos. “Estamos estruturando uma fazenda que ganhamos para cuidar dos velhinhos”.

Optando por ajudar alunos, médicos e idosos, Valente dá uma verdadeira lição – não aquela aprendida em sala de aula – mas essas refletidas a partir de gestos de coragem e imenso altruísmo.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Diretor da ABHH alerta para os riscos de portaria sobre doação de sangue

Em entrevista à rádio Jovem Pan, o hematologista e diretor da Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (ABHH), Dante Mário Langhi Jr., alerta para os riscos da portaria publicada esta semana pelo Ministério da Saúde, que exclui a orientação sexual como um dos critérios para a seleção de doadores de sangue no Brasil.

O diretor de ABHH disse que concorda com a portaria."O que deve ser considerado é o comportamento, é atitude da pessoa". No entanto, Dante Mário Langhi Jr. acredita que a situção deve ser melhor explicada. "Na mesma portaria, mais adiante ela reforça a não aceitação de homens que tiveram relação sexual com outro homem no período de 12 meses anteriores". Para ele, o estudo científico que afirma que homens que tiveram relação sexual com outro homem apresentam risco maior de transmitir uma doença nas transfusões sanguíneas deve ser levado em conta.

Sobre a ampliação da faixa de doadores pelo Ministério Da Saúde, Dante Langhi diz que a medida aumenta a potencialidade de doadores de sangue. "Nós entendemos que isso é uma determinação importante nessa nova portaria". No entanto, ele acredita que o governo deveria ter determinado a obrigatoriedade de testes laboratoriais de todo sangue doado no país.