quinta-feira, 30 de junho de 2011

Ex-funcionária pioneira do HUB é exemplo para colegas

Adriana Mesquita
Da Assessoria de Comunicação do HUB

A partir do mês de junho, o Portal do HUB abre um cantinho especial, a Homenagem aos Pioneiros, cujo objetivo é expor à comunidade interna e externa os pioneiros que contribuíram e ainda contribuem para a construção do Hospital Universitário de Brasília que temos hoje.

A enfermeira aposentada Maria de Lourdes Lima (foto), 61 anos de idade, pode tentar passar despercebida pelos corredores do Hospital Universitário de Brasília, mas pacientes e funcionários reconhecem de longe a mulher chegou ao HUB pouco mais de um mês após sua inauguração. Ela é uma das homenageadas da série HUB 40 anos.

Lurdinha, como é conhecida no hospital, nasceu em 1º de novembro de 1949, em João Pessoa, na Paraíba. Ainda na juventude, deixou a capital paraibana para passar férias em Brasília e acabou ficando para fazer a diferença na vida de muitas pessoas.

Chegou ao HUB em 3 de abril de 1972, após ser aprovada em concurso público. Em seguida, os pais e os 13 irmãos acompanharam a jovem. A enfermeira logo percebeu que a dedicação ia além da profissão. “Desde que trabalho aqui, ajudo no que posso. Meu horário era até às 18h, mas eu sempre passava mais tempo, só pelo prazer de ajudar o próximo, revela.”

Foram 19 anos de serviços prestados ao HUB até sua aposentadoria, quando Lurdinha passou a integrar a equipe da Associação de Voluntários do Hospital Universitário de Brasília (AVHUB). Desde então, trabalha de segunda a sexta-feira na recuperação dos pacientes e garante que a vocação é de família. “Nasci em berço de voluntários”.

Toda família faz trabalhos sociais, inclusive o marido Antônio Gonçalves de Mendonça, com quem é casada há quase três décadas e com quem tem dois filhos. Juntos, ajudaram na construção do bazar dos voluntários e de outras dependências do hospital. “Sinto-me bem com o que faço. Aqui é minha segunda casa”, diz ela.

O casal não se limita aos trabalhos voluntariamente prestados no HUB. construíram casas e distribuíram sopa por cerca de dez anos para catadores, no lixão da Estrutural. A humanização é marca registrada de Lurdinha, que faz um apelo: “Queria que as pessoas vissem meu exemplo e também ajudassem o ser humano”.

Associação dos Voluntários
Fundada em 12 de novembro de 1993 pelo ginecologista Benedito Fernandes Pinto, pioneiro do Hospital Universitário, a AVHUB leva apoio psicológico e social para os usuários do hospital da UnB.

Em quase 20 anos de dedicação ao voluntariado, diversos projetos foram implementados pela entidade. Entre os s

erviços, o grupo distribui lanches para os pacientes, fornece remédios para enfermaria e equipamentos como cadeiras de rodas, perucas, próteses para vítimas de câncer. “As pessoas nos fazem pedidos e dentro do possível atendemos”, diz Lurdinha.

Mais informações sobre AVHUB no site www.avhub.org.br ou no telefone (61) 3448.5378.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Infraero julga improcedentes recursos de empresas para obras do aeroporto de Confins

A comissão de licitações da Infraero julgou improcedentes os recursos apresentados por empresas que prederam a disputa para a reforma e ampliação do Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte(MG).

O processo segue ainda apara auditoria interna na estatal. Somente após parecer favorável, será confirmado o consórcio vencedor. As obras devem começar em outubro deste ano e concluídas em dezembro de 2013.

Hospital Universitário é tema de evento de estudantes

Movimento estudantil SOS HUB discute como melhorar o funcionamento do hospital

Adriana Mesquita
Da Assessoria de Comunicação do HUB

O Movimento estudantil SOS HUB realiza até o dia 1º de Julho a II Semana SOS HUB. Evento reúne professores, alunos, representantes do MEC e do Hospital das Clínicas de Porto Alegre e discutirá melhorias no funcionamento do Hospital Universitário de Brasília.

Além de atender os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), o HUB é um ambiente de formação para alunos dos cursos de medicina, enfermagem, nutrição, farmácia, psicologia, odontologia e serviço social. No total, são 645 estudantes de graduação e 189 de pós-graduação no programa de Residência.

O movimento “SOS HUB – salve-se quem puder” foi criado em 2008 pelos alunos das faculdades de Medicina e Ciências da Saúde da UnB com o objetivo de reivindicar melhorias para o hospital. A princípio, a iniciativa teve como foco as obras do pronto-socorro, fechado desde abril de 2008 por problemas na estrutura predial. Atualmente, o movimento visa a revitalização de todo o HUB.

As principais preocupações dos estudantes são: fechamento do pronto-socorro; falta de concurso público e de atenção à clinica odontológica; financiamento insuficiente; e gestão inadequada. Desde sua criação, o movimento realiza diversas reuniões, assembléias e protestos com o objetivo de cobrar soluções para esses problemas.

PROFISSIONALISMO – De acordo com Pedro Henrique Alves de Morais, um dos coordenadores do movimento, os temas principais são o projeto de lei sobre a criação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) e o modelo de gestão do Hospital das Clínicas de Porto Alegre (HCPA). “O HCPA tem uma proposta de gestão mais profissionalizada”, diz o estudante. Para ele, o HUB vinha sendo administrado de forma amadora. “A atual diretoria deu início a uma gestão com pessoas altamente qualificadas”.

O último dia de debate destina-se ao esclarecimento de dúvidas dos alunos e à exposição de soluções. “Um possível caminho é a criação de um plano de excelência em dez anos para o hospital, com metas e orçamento específicos, para que as próximas gestões tenham um norte”, explica Pedro.

A II Semana SOS HUB tem como lema "HUB, sua formação depende dele. Algumas vidas também". O evento acontece no auditório do Instituto de Química. Veja a programação.

29.06 (Quarta-feira)
Horário: Das 12h às 14h
Tema: Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH)
Palestrante: Representante do MEC

30.06 (Quinta-feira)
Horário: Das 12h às 14h
Tema: Hospital das Clínicas de Porto Alegre (HCPA)
Palestrante: Representante do HCPA

01.07 (Sexta-feira)
Horário: Das 12h às 14h
Tema: Debate sobre os rumos do HUB e sua evolução nos últimos anos;
Mesa de debates composta por ex-alunos e autoridades da UnB
22h: Happy hour

terça-feira, 28 de junho de 2011

Eumano Silva critica relação de Sérgio Cabral com empresários

Em comentário à rádio CBN, Eumano Silva, da Revista Época, criticou a relação do governador do Rio de janeiro, Sérgio Cabral, com os empresários. Para ele, a situação do governador neste segundo mandato é ruim, sobretudo para o estado do Rio. "É lamentável que um governador de estado, um dos estados mais importantes do país, tenha esse tipo de relação promíscua, imoral, indevida com empresários", afirmou.

De acordo com Eumano Silva, o acidente aéreo no litoral da Bahia, onde a namorada do filho do governador foi morta, serviu para revelar que o governador dá isenções fiscais para empresas que fazem doações para campanha de Cabral.

O jornalista lamentou a tragédia, mas, disse que não há explicações para os fatos. "A verdade é que todas as versões em torno do governador não estão convencendo e isso acontece já algum tempo". Para Eumano, o governador do Rio precisa rever comportamento dele.

Willy Rozenbaum conhece projeto Com-Vivência

25.05.11

Médico francês co-descobridor do vírus o HIV na década de 1980 visita o HUB

Adriana Mesquita
Da Assessoria de Comunicação do HUB

Um dos integrantes do grupo do professor Luc Montagnier que, em 1983 isolou o vírus HIV, Willy Rozenbaum está no Brasil e visitou nesta manhã o Com-Vivência, projeto do Hospital Universitário de Brasília que acolhe portadores do vírus HIV/Aids e seus familiares.

Rozenbaum debateu com a coordenadora do projeto, Eliane Seidl, e com representantes do Ministério da Saúde as pesquisas e as perspectivas relacionadas ao atendimento de pessoas que vivem com AIDS.

Atualmente, Rozenbaum preside o Conselho Francês da AIDS. O co-descobridor do vírus HIV aprovou o projeto desenvolvido no HUB. “O Com-Vivência é muito semelhante ao que é desenvolvido por instituições francesas”, afirmou.

Na visita ao Brasil, o pesquisador já participou do debate sobre pesquisas e perspectivas dos estudos na área de Aids, no Rio de Janeiro, onde realizou conferência pública. Um dos participantes desta discussão foi o pesquisador brasileiro Bernardo Galvão, reconhecido por seu trabalho pioneiro no isolamento do vírus HIV no Brasil, há 20 anos.

Em Brasília, Rozenbaum também conhecerá a experiência do trailer itinerante Quero Fazer, que realiza teste rápido de HIV para populações vulneráveis ao vírus. O pesquisador francês visitará ainda o Hospital-Dia, cujo serviço especializado está direcionado para pacientes de AIDS que não precisam de internação.

O Com-Vivência
Coordenado pela psicóloga Eliane Maria Fleury Seidl, o projeto Com-Vivência promove a prevenção e a assistência nas áreas de psicologia e serviço social, ações preventivas e educativas para pacientes em tratamento e familiares em acompanhamento ambulatorial.

Este atendimento também é feito com pacientes internados na enfermaria do Hospital da Universidade. O projeto realiza cerca de 250 consultas por mês, em crianças, adolescentes, adultos e idosos.

Hipotireoidismo, um mal que atinge todas as faixas etárias.

Especialista alerta sobre os riscos da doença que ataca principalmente o sexo feminino



Por: Adriana Mesquita


Ganho de peso, pele seca e áspera, depressão, intolerância ao frio, queda de cabelo, unhas fracas e cansaço podem ser sinais de hipotireoidismo. A doença mais comum da tireóide ocorre com maior frequencia em mulheres, especialmente com mais idade, e pode atingir vários membros de uma família.

Sônia Ferreira Vieira, 44, descobriu que tinha hipotireoidismo há dez anos. O diagnóstico foi inesperado porque não havia sintomas nem suspeitas da doença. “Foi durante uma campanha sobre a tireóide, que eu resolvi participar, ai me falaram que eu tinha a doença, mas eu não sentia nada, apenas notava que meu cabelo caia muito e minhas unhas estavam quebradiças” conta Sônia. Exames constataram que a dona de casa tinha três nódulos no pescoço provocados pelo mau funcionamento da glândula responsável pelo regulamento do metabolismo do organismo, a tireóide. Depois de encaminhada ao médico, Sônia Ferreira, que estava grávida, teve que esperar mais alguns meses até que a filha nascesse. Quatro meses após o nascimento da filha, ela passou pela primeira cirurgia para a retirada da glândula e dos nódulos. Em 2003 outro diagnostico acusou a presença de um câncer ainda em estágio inicial, foi quando a moradora de Samambaia teve que passar pela segunda cirurgia e dois anos depois pela última. Hoje, Sônia Ferreira toma remédio para o controle da doença. “ Só tomo um comprimido por dia. É ruim, mas já estou acostumada”, diz ela. A filha Camila Cristina, de 17 anos também tem a doença e assim com a mãe, precisa do medicamento.

A doença, causada quando os níveis de hormônios tireoidianos (T3 e T4) se tornam anormalmente baixos, pode se manifestar desde recém-nascidos até adultos. Em recém-nascidos, doenças e os medicamentos utilizados pela mãe podem interferir no funcionamento da glândula do filho, que, se não receber tratamento adequado até a quarta semana de vida, pode ocorrer retardo mental severo, surdez, e retardo no desenvolvimento de peso e altura. Nesse caso, o hipotireoidismo é diagnosticado através do teste do pezinho, e pode ser prevenido pelo tratamento precoce da mãe com a reposição de hormônio tireoidiano.

Já nos adultos, a causa mais comum da doença é um distúrbio chamado tireoidite de Hashimoto, ou simplesmente doença de Hashimoto, no qual o sistema imunológico ataca a glândula tireóide que compromete a capacidade de produção de hormônios tireoidianos. O diagnóstico é feito quando o paciente apresenta hormônio estimulante da tireóide (TSH) aumentado e hormônios tireoidiano T4 baixo no sangue. Outro exame que pode trazer alguma informação é a dosagem de anticorpos contra a tireóide, que geralmente estão aumentados quando a causa de hipotireodismo é a doença de Hashimoto.

De acordo com a presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional do DF (SBEM-DF), Monalisa Ferreira Azevedo, um estudo realizado em São Paulo estima que 19% da população brasileira tem hipotireoidismo, Segundo ela, o diagnóstico e o tratamento são simples, mas, na maioria dos casos, a doença é irreversível. “Geralmente, ela é para toda vida, mas o paciente só precisa tomar um comprimido ao dia”, explica a médica. Monalisa faz uma alerta “Se o hipotireoidismo não for tratado corretamente, ele pode trazer riscos como aumentos da pressão e de colesterol, o que predispõe também maiores chances de acidentes cardiovasculares”.

O hipotireoidismo pode ser causado também pelo uso de iodo radioativo ou a cirurgia em tratamentos médicos. Alguns casos podem ser prevenidos através de cirurgia adequada no momento em que a mesma é indicada para o tratamento de bócio.

O tratamento é feito com o uso diário de levotiroxina, que recompõe a dose de hormônio necessária para o corpo. A dose depende de cada situação e deve ser prescrita pelo médico. “Com esta recomposição, uma pessoa pode levar a vida normal”, lembra Luiz Augusto Casulari. Para o médico endocrinologista, os avanços da medicina proporcionam um teste rápido e confiável, o que permite um diagnóstico ainda na fase inicial da doença, mas os pacientes acabam dificultando o tratamento “o diagnóstico está mais fácil, o remédio só tem que ser tomado em jejum, e o que acontece é que muitas vezes, a pessoa até esquece de tomar”, observa ele.

De acordo com os médicos, o medicamento não tem contra-indicação nem efeito colateral. Em todos os casos, a recomendação é que o paciente seja acompanhado regularmente por um médico, com exames de TSH e ajuste da dose da medicação, se necessário.

HUB é referência em tratamentos de feridas graves

Adriana Mesquita e Tamires Castro
Da Assessoria de Comunicação do HUB

O Hospital Universitário de Brasília é referencia no Distrito Federal em tratamento de feridas. O trabalho faz parte do ambulatório de enfermagem em Estomaterapia que há 18 anos oferece avaliação contínua a pacientes com ferimentos graves de difícil cicatrização.

Os usuários acessam o serviço por recomendação de familiares ou ex-pacientes, indicação de médicos ou de outras unidades de saúde. O tratamento depende de cada caso. De acordo com a professora e estomaterapeuta Ana Lúcia da Silva, o tratamento segue um protocolo rígido. “O primeiro passo é estabelecer o protocolo do paciente, que chamamos de plano de cuidados e determina quais medicamentos serão utilizados”.

Segundo a professora, as drogas são eficientes, mas têm efeitos colaterais, apesar de mínimos. “As feridas tratadas são de origem crônica, como úlceras. O máximo que pode ocorrer de efeito colateral é uma alergia, mas é raro”.

Ana Lúcia explica que alguns casos são ferimentos provocados por procedimentos simples do dia-a dia como usar sapatos apertados. “Estes calçados podem levar a lesões bolhosas não sentidas quando o usuário tem alterações de sensibilidade tátil e de dor, por isso, o ferimento evolui e só é descoberto no exame físico ou quando infeccionam.

Foi o que aconteceu com a dona de casa Maria Paixão Gomes Marino, de 53 anos de idade, que teve infecção generalizada provocada pelo uso de sapatos. “Quando fizeram o exame disseram que a infecção estava forte”, diz. Ela está em tratamento há mês com antibióticos. “O tratamento está sendo muito positivo”.

O ambulatório atende em média oito pacientes por dia, com consultas de 40 minutos. Em 2011 foram 1,3 mil pacientes. “Nós também atendemos crianças, mas, acredito que por não saberem que oferecemos este serviço, a procura é baixa”, lamenta a doutora em enfermagem Ivone Kamada, que também integra o ambulatório de Feridas.

Ana Lúcia lembra que, apesar de ser referência no DF, o tratamento não faz milagres. “A cura depende da cicatrização e mais ainda dos pacientes que devem seguir todas as recomendações. Um procedimento mal feito pode ocasionar complicações como desgastes físicos e emocionais, além de aumento de custos dos medicamentos”.

“Temos pacientes que carregam feridas há 20 anos, que não fecham. “O tratamento, nestes casos, é importante porque melhora a qualidade de vida”, afirma.

Serviço
O Ambulatóro de Enfermagem em Estomaterapia funciona no corredor vermelho, sala 72 do centro de ambulatórios do HUB, de segunda a sexta-feira das 14h às 18h, exceto nas quartas-feiras.

Programa do HUB melhora qualidade de vida de crianças obesas

Adriana Mesquita
Da Assessoria de Comunicação do HUB

Tatiely dos Santos Souza começou a ganhar peso aos cincos anos de idade. Hoje, com 11 anos, pesa 79 quilos, com Índice de Massa Corporal (IMC) considerado acima do normal, caracterizando a obesidade mórbida. A menina, que afirma sofrer insultos do próprio irmão, é só mais uma nas tristes estatísticas da população infanto-juvenil que apresenta excesso de peso. Estudos mostram que uma em cada dez crianças em todo o mundo é obesa. No Brasil, esse percentual é de cerca de 7% da população.

Paciente do HUB, Tatiely participa de um dos grupos de conscientização sobre hábitos alimentares desde 2010. Eliane dos Santos, mãe da menor, a acompanha e já aponta melhoras. “Em termos de obesidade, ela tem altos e baixos, mas está mais calma”.

A auxiliar de serviços tem três filhos e só Tatiely apresenta obesidade. No entanto, tios da menina também são obesos. Eliane elogia o programa do HUB e garante que os hábitos alimentares têm melhorado em casa. “As palestras são ótimas. Agora eu estou trabalhando com uma alimentação mais saudável para a família toda”, diz ela.

Reeducação
O programa acontece há mais de 9 anos no HUB, gira em torno da reeducação alimentar e incluiu maior oferta de frutas e vegetais nas refeições para baixar os índices de obesidade infantil. As palestras são coordenadas pela pediatra Cátia Barbosa da Cruz e atendem crianças com obesidade mórbida ou severa. Os grupos são divididos por faixa etária e constituídos, em média, por até 10 crianças.

Devido à grande procura, o serviço passou por uma mudança há dois anos. “Agora, quem participa só tem direito a faltar duas vezes por ano. Do contrário, acontece o desligamento, já que no grupo eles têm alta em até dois anos”, ressalta a médica. Cátia reconhece que não é fácil para essas crianças emagrecerem: “As chances são poucas, porque quem sofre de obesidade mórbida geralmente tem dificuldade de perder peso”. A pediatra diz que o aumento da procura vem sendo registrado desde início do programa. “A procura é grande e não estamos mais conseguindo atender à demanda”.

A obesidade está relacionada a diversos problemas de saúde e compromete o bem estar, colocando a vida em risco. Os pacientes podem desenvolver diabetes, doenças cardíacas, trombose venosa, hipertensão arterial, depressão, além de problemas sociais e psicólogos. A doença não só piora a qualidade, como também reduz em 20% o tempo de vida do obeso. A obesidade mórbida ocorre quando o peso de uma pessoa ultrapassa o valor 40 no Índice de Massa Corporal.

“Pesamos mensalmente os pacientes. A partir daí, a gente vai avaliando. Tem os que perdem, os que ganham e aqueles que mantêm o peso”, diz Fernanda Sousa Cardoso Lopes, médica residente responsável pelas palestras do programa. Ela afirma que em 99% dos casos os pais são obesos. “Geralmente a família tem um adulto que é gordo, então tenho que tratar a criança e orientar os pais também para um melhor resultado. É uma troca de experiências: eles dão opinião, apontam dificuldades e soluções que podem servir de exemplos para outros pais”.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Pacientes com asma grave são os que mais procuram programa do HUB

Por Adriana Mesquita


Os pacientes com asma grave apresentam maior mortalidade. Somados aos casos moderados eles reapresentam cerca de 80% da procura atendimento no Programa de Asma do Hospital Universitário de Brasília.

A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas inferiores. No Brasil, estima-se a prevalência da doença em torno de 10% da população. De acordo com dados do DATASUS, em 2008, a asma foi a terceira causa de internação pelo SUS, com cerca de 300 mil hospitalizações.

O HUB atende desde casos mais leves até os mais graves. No entanto, a maior incidência é para os asmáticos considerados graves, com sintomas persistentes e diários como tosse, chiado e falta de ar. “Como o HUB é referência no tratamento de asmáticos, a gente atende mais pacientes graves”, explica a pediatra Carmen Lívia Faria Martins. Ela é uma das médicas responsáveis pelo atendimento de crianças e adolescentes portadores da doença. De acordo com a pediatra, o diagnóstico desses pacientes é baseado em dados clínicos e na identificação de que comprovem a obstrução através de exame de função pulmonar.

Lucas Raphael Setúbal, de 13 anos, faz tratamento no HUB desde 2004, quando chegou ao hospital em estágio crítico. O adolescente chegou a ter uma parada respiratória. “Ele estava tão mal que os medicamentos não surtiam mais efeito”, conta a mãe Maria do Socorro Setúbal. Os primeiros seis meses de tratamento de Lucas, que é acompanhado pela Dra. Carmen Lívia, foram marcados por dificuldades. “No início ele estava quase toda semana aqui”, lembra a mãe. Neste ano, a freqüência das crises do adolescente diminuiu.

O Programa de Asma do HUB atende de crianças a idosos. A doença, embora sem cura, pode ser controlada. De acordo com a pneumologista Fernanda Bonner, o paciente pode deixar de ser grave a partir do momento em que recebe o tratamento adequado , com início e manutenção adequados. “Apenas 5% persistem como pacientes graves, apesar do tratamento”.

Existem, basicamente, dois tipos de medicamentos que são usados para tratar a asma: o corticóide inalatório e os broncodilatadores. O primeiro é preventivo e o segundo é uma espécie de aliviador. “No caso dos pacientes mais críticos, às vezes é preciso outras drogas mais fortes”, ressalta Bonner.

Aposentado, Dr. Valente dedica seu tempo para garantir melhorias para o Hospital Universitário

Por Adriana Mesquita


Dr. Wilson Valente da Silva é médico voluntário no Hospital Universitário de Brasília e se esforça para melhorar o atendimento aos pacientes e oferecer material didático para profissionais e estudantes das áreas de saúde. Dr. Valente passa a maior parte do seu tempo realizando trabalhos HUB.

Em 19 de Maio de 1926 nascia o menino que, 85 anos depois, dedicaria parte de sua vida para fazer um dos mais belos atos de solidariedade do ser humano: o trabalho voluntário. Coincidência ou não, como o próprio nome sugestiona, a valentia e determinação do paulistano fizeram com que ele fosse aprovado no vestibular para o curso de medicina numa das mais conceituadas instituições de ensino superior do país, a Universidade de São Paulo (USP). Ali Dr. Valente começou a se destacar. Por gostar de crianças e não se interessar por cirurgias, se especializou em pediatra.

Dr. Valente fez residência no Hospital das Clínicas de São Paulo. Foi tão dedicado que, pouco tempo depois conquistou, por mérito, a chefia de um importante serviço da instituição. Suas vitórias não parariam por aí e o pediatra se tornou um dos donos do primeiro hospital infantil particular de São Paulo.

Casado há mais de 50 anos com a paulista Fanny Ribeiro da Silva, com quem tem quatro filhos, Dr. Valente se mudou com a família para Brasília em 1975, época em que começou a ministrar aula na Universidade de Brasília como professor de pediatria do curso de medicina.

Há 16 anos se aposentou e decidiu dar continuidade ao trabalho, desta vez, sem remuneração. Dr. Valente agora trabalha no laboratório do HUB. Os esforços do presente são para montar um “Arquivo de Lâminas de Hematologia” destinado a médicos, professores e alunos para que tenham material para estudo.

O trabalho para o arquivamento acontece há dois anos e é feito para facilitar o diagnóstico de doenças relacionadas ao sangue como leucemias e anemias, entre outras. “Eu vi a necessidade de lâminas para estudo e trabalhos no laboratório do hospital. Esse serviço pode ajudar muito nas consultas das crianças”, ressalta Dr. Valente.

Além de pesquisas, o médico também auxilia os colegas com sua experiência profissional. “Eu ainda dou orientações para meus colegas com tudo que aprendi”.

Bem vívido, o pediatra acredita que os anos destruíram o vínculo afetivo que havia entre médicos e pacientes. “Antigamente era comum assumir o doente. Hoje, ele (o paciente) não sabe mais nem o nome do médico que o atende. Não existe mais vínculo afetivo. Se existe, é pouco”. Dr. Valente faz outra constatação: “O nível do profissional de hoje é bem inferior ao do passado”.

Além das atividades desenvolvidas no HUB, o médico aposentado sonha em ajudar ainda mais. Ele e mais 16 médicos trabalham em um projeto que visa abrigar 50 idosos. “Estamos estruturando uma fazenda que ganhamos para cuidar dos velhinhos”.

Optando por ajudar alunos, médicos e idosos, Valente dá uma verdadeira lição – não aquela aprendida em sala de aula – mas essas refletidas a partir de gestos de coragem e imenso altruísmo.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Diretor da ABHH alerta para os riscos de portaria sobre doação de sangue

Em entrevista à rádio Jovem Pan, o hematologista e diretor da Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (ABHH), Dante Mário Langhi Jr., alerta para os riscos da portaria publicada esta semana pelo Ministério da Saúde, que exclui a orientação sexual como um dos critérios para a seleção de doadores de sangue no Brasil.

O diretor de ABHH disse que concorda com a portaria."O que deve ser considerado é o comportamento, é atitude da pessoa". No entanto, Dante Mário Langhi Jr. acredita que a situção deve ser melhor explicada. "Na mesma portaria, mais adiante ela reforça a não aceitação de homens que tiveram relação sexual com outro homem no período de 12 meses anteriores". Para ele, o estudo científico que afirma que homens que tiveram relação sexual com outro homem apresentam risco maior de transmitir uma doença nas transfusões sanguíneas deve ser levado em conta.

Sobre a ampliação da faixa de doadores pelo Ministério Da Saúde, Dante Langhi diz que a medida aumenta a potencialidade de doadores de sangue. "Nós entendemos que isso é uma determinação importante nessa nova portaria". No entanto, ele acredita que o governo deveria ter determinado a obrigatoriedade de testes laboratoriais de todo sangue doado no país.